I O Minho tem diamantes O Louro pertence a si; Tem paisagens deslumbrantes, Rapazes mui elegantes, E moças como nunca vi.
II Quando ao romper d'aurora Se houve o galo a cantar, Vê-se pelos campos fora, Vê-se pelos campos fora.
Coro E quando a noite desce, Ó terra abençoada, Até Deus se esquece E aqui adormece, E só vai p'ró céu de madrugada. |
III Nesta terra a noite escura, É como se fosse luar; Aqui não há negrura, Pois nem mesmo a amargura, Consegue entristecer um lar.
IV Quando Deus no céu dá férias Aos anjos p'ra descansar; Descem todos para o Louro P'ras suas férias passar.
V De artistas a inspiração Debruçada sobre o Este Tu tens como brasão, Um grande coração A transbordar de luz celeste. |
Coro Se a noite se detém Até a aurora raiar; Deus desce também E aqui se entretém, Com os anjos em férias a rezar.
VI Desde a hora das trindades, À hora de dealbar, Fica-se a tecer saudades, Num misticismo de Altar.
Coro E quando a noite desce, Ó terra abençoada, Até Deus se esquece E aqui adormece, E só vai p'ro céu de madrugada. |